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A mostrar mensagens de abril, 2020

Dia Mundial do Livro

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DIA MUNDIAL DO LIVRO – 24 – 4 - 2020                                 Em homenagem ao livro, um bem precioso, para mim,                                          vou partilhar a apresentação desta minha obra                     Tal como pingos de chuva em terra seca, que surgem e logo são absorvidos, eis alguns momentos fotografados pela lente da emoção e guardados no álbum das recordações. Curtas vivências relatadas e ouvidas numa atitude de cumplicidade, de pessoas que gostam de comunicar e partilhar. Histórias de algibeira para serem lidas num cadeirão, com um grande balde de pipocas, ou numa esplanada à beira mar, diante de uma cerveja geladinha e um prato de tremoços. Nesta altura, no sofá com um petisco na frente.    ...

Livro - OLIVEIRA DO BAIRRO_ Memórias de Um Século - Aida Viegas

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CAROS AMIGOS  Acabei de partilhar convosco (deste livro que editei em 1994) o capítulo da Páscoa, num reviver de tempos idos e na ocupação de tempos presentes. Ao folheá-lo e ao ler certos textos, eu própria fiquei admirada com as diferenças que encontrei comparando os 26 anos que entretanto passaram. Deixo-vos aqui o índice onde podereis ler os temas tratados e se porventura alguém estiver interessado em adquirir um destes livros eu ainda tenho bem reservados uma dúzia deles que poderei enviar à cobrança pelo preço de 12.50 euros, com transporte incluído. Basta para tal que me enviem o pedido com a vossa morada postal completa. Estou certa que muitos de vós ireis gostar de o ler e até de o recomendar ou oferecer a algum amigo. Aida Viegas (O livro tem ilustrações com fotos antigas e desenhos da autora) ÍNDICE PREFÁCIO --------------------------------------------- 1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA------------------------------- 5 BREVE RESENHA HISTÓRICA-...

OLIVEIRA DO BAIRRO - Memórias de Um Século

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Neste livro, m onografia, com capa, ilustrações e fotografias da autora editado em 1994,  AIDA VIEGAS  p retendeu mostrar o pulsar da vida do seu Torrão Natal, através do registo de certas vivências, sendo seu propósito prestigiar sua terra e suas gentes contribuindo com sua escrita para a história do seu Concelho. PREFÁCIO Foi com um enorme prazer que me lancei nesta árdua tarefa e posso afirmar que me sinto sobejamente recompensada, pois, muito me enriqueceu, não só a pesquisa, mas, acima de tudo, o contacto directo que tive de estabelecer com tantas pessoas. Para  compilar este livro, gastei muito tempo em pesquisas, procurei, rebusquei, escoldrinhei muita coisa. Comecei em mim a procura; tenho guardada num cofre forte, ainda que vulnerável, - a memória – o que vi, ouvi e vivi desde menina. Não foi há muito que comecei a fazer esta reserva, porém, ela é já grande, dado que bem cedo, ao tomar contacto com o meu semelhante logo me apaixonei por t...

Alegre Páscoa Florida e Doce - VII

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ALEGRE PÁSCOA FLORIDA E DOCE - VII   BEIJAR O SENHOR - VII Vamos agora reviver um dia de Páscoa, festa por excelência nas nossas terras. Além das visitas dos padrinhos, com o encontro dos compadres recebia-se, e ainda hoje se recebe, uma outra, muito mais importante: a visita de Cristo… que embora ressuscitado vem até nossas casas pregado na Sua Cruz, símbolo dos cristãos. Esta visita é causa de muita alegria visto ser portadora da boa nova da Ressurreição. Há anos atrás, para beijar o Senhor, enfeitava-se a sala e à porta da rua da parte de fora, de um lado e do outro, colocavam-se ramos de alecrim. No chão formava-se um tapete de ervas de cheiro e flores. Dentro, na mesa do centro, punha-se um pratinho de doces, amêndoas, tremoços e uma garrafa de vinho branco. Em cima da cómoda, ou mesa de canto colocava-se um pires com uma laranja em cima, oferta para o Sr. Prior; a laranja ia num saco, a moeda noutro. Isto destinava-se ao prior da freguesia que sempre...
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ALEGRE PÁSCOA FLORIDA E DOCE ALELUIA - V O cheiro a alecrim vinha já desde o Domingo de Ramos. O raminho benzido no final da procissão, lá estava pendurado na parede do corredor exalando suave perfume. De Quinta-Feira Santa a segunda-feira de Páscoa, quase nada se fazia nos campos; em casa, porém, a azáfama era grande. Era esta a altura ideal para se proceder à limpeza geral da casa e das suas zonas envolventes. Muitas visitas iriam chegar nos próximos dias e para as receber era preciso estar tudo limpo, florido e asseado. No dia de Páscoa as aldeias resplandeciam. Abria-se a porta da sala e as pessoas de roupas novas e alma lavada irmanavam-se com a natureza engrinaldada de flores e recoberta dos tenros verdes da Primavera. Ao perfume das flores e ervas de cheiro vinha juntar-se o cheirinho a folar, às amêndoas e à chanfana acabadinha de sair do forno... Outrora a Aleluia era anunciada pelo repicar dos sinos e o estrelejar dos foguetes, às dez horas de Sábado, vu...
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                                       ALEGRE PÁSCOA FLORIDA E DOCE - IV A QUEIMA DO JUDAS - IV A queima do Judas, costume pagão, era praticada em vários lugares do nosso concelho. Parece que o último reduto foi Águas Boas, onde ainda há poucos anos tal tradição mobilizava muitos adeptos e juntava grande número de curiosos. Consta que o que pôs termo à brincadeira foi um certo abuso nos ditos que no momento eram proferidos, vindo estes a tornar-se demasiado contundentes, facto que deu origem a graves desavenças. Este costume, como muitos outros, começou com objectivos moralistas e acabou pelo facto de ter descambado precisamente para o lado oposto. O ritual era iniciado com um cortejo no qual vinha incorporado o Judas com o saco das moedas, várias carpideiras chorando e muitos populares. Chegados ao local onde deveria dar-se o enforcamento, geralmente no largo...
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ALEGRE PÁSCOA FLORIDA E DOCE  III ANDAR À REZA - III - Queres ir à reza comigo? - Talvez. A quantas amêndoas? - A dez das graúdas ou a vinte das de pinhão? - A vinte das de pinhão. - Combinado. Um aperto de mão selava o contrato. Este convénio fazia-se uns dias antes da Páscoa e terminava ao aparecer a Aleluia. Os protagonistas, crianças, jovens e por vezes até adultos, todos os dias se encontravam, e mal se vissem deveriam gritar para o parceiro: - Reza. Ganhava o que primeiro pronunciasse esta ordem. - Hoje ganhei-te! – Dizia um. - Hoje ganhei eu! – Dizia o mesmo ou o outro, no dia seguinte. Porém só se ganhava, na realidade, no Sábado ao aparecer a Aleluia. Nesse dia os jogadores espreitavam-se um ao outro para poderem surpreender o parceiro antes de serem vistos. Havia pormenores que faziam parte da combinação prévia, entre os dois. Por exemplo: quem mandava rezar deveria estar debaixo de telha, ou ao contrário. Acontecia que o jogador ...
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                                   ALEGRE PÁSCOA FLORIDA E DOCE - II AMENTAR AS ALMAS  II Amentar as almas como a própria palavra indica, é trazer à mente, embora se lhe atribua também o significado de rezar pelos finados, responsar e exorcizar. Nas nossas terras, amentar as almas revestia-se de dois sentidos: o primeiro consistia em lembrar ao homem que esta vida é passageira, que outra nos espera, e que para vir a ser feliz na outra, que se crê durar para sempre, é necessário cuidar da alma; o segundo era a intenção de sufragar as almas daqueles que já não faziam parte do reino dos vivos. A Quaresma é, por excelência, tempo de meditação e oração sendo pois nesta quadra litúrgica, na   Semana Santa mais propriamente que essa tradição, vinda até nós de geração em geração, era praticada em várias localidades, como Palhaça, toda a freguesia de Oiã e outros locais. O grup...