Apelidos e Alcunhas Era hábito antigo os filhos varões receberem os sobrenomes do pai, sendo às filhas aplicado o da mãe ou, devido à forte religiosidade, algo que lhes desse protecção dos Céus, tal com: “de Jesus”, “dos Santos”, “de Deus”, “dos Anjos”, “do Senhor”, entre outros, acontecendo amiúde, ficarem as meninas apenas com o nome próprio. Também era muito frequente porem alcunhas às pessoas, as quais além de serem curiosas, muitas vezes, identificavam melhor o indivíduo que o seu legítimo nome: Padeiro, porque fazia pão, Loiceiro, porque moldava o barro, etc… Muitas destas alcunhas passaram, com o decorrer do tempo, a serem consideradas sobrenomes, dado que as pessoas eram mais conhecidas por ela do que pelo seu próprio nome. Outras porém, tendo uma conotação de menosprezo faziam com que fossem mal aceites, ou mesmo repudiadas. Como acontece com muitas outras coisas, a moda passou, pondo-se de parte esta prática. Foi desta forma, também, que começaram a ser excluídos algu...
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A mostrar mensagens de fevereiro, 2013
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(Vivências e Testemunhos) O seguro do carro Precisando a minha nora e o meu filho de se deslocarem de carro, impreterivelmente, no mesmo dia e à mesma hora e tendo eles apenas um automóvel, pediram-nos se lhe emprestávamos o nosso que, no momento, não nos fazia falta. Como é evidente, de pronto lhe cedemos o automóvel após o pai lhe ir buscar o certificado do seguro que na altura ainda estava guardado na sua carteira. O rapaz levou o carro, serviu-se e logo que terminou a viagem veio devolvê-lo. Conversámos e a certa altura o pai perguntou-lhe pelo seguro para o guardar no lugar on...
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Testemunhos e vivências (in SANTO ANTÒNIO a FREGUESIA e o PADROEIRO) Um azar nunca vem só Uma amiga minha, a Beatriz, que é professora na escola secundária de uma cidade próxima, ligou-me há tempos muito preocupada porque, tendo terminado as aulas, não poderia ir para casa e muito menos entrar lá pois se haviam sumido as chaves da sua casa e do seu carro, o jipe do marido. A desafortunada senhora, já virara a escola de pantanas, tendo envolvido na operação colegas, alunos e funcionários, que a quiseram ajudar mas, sem nenhum resultado. O diabo escondera-lhe as chaves e contra ele parece que nada havia a fazer. Ou talvez houvesse! Recorrer a Santo António. ...
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Vivências e Testemunhos - (in SANTO António a Freguesia e o Padroeiro) A carteira do Fernando Naquela época tínhamos por hábito almoçar fora, todos os dias, num qualquer dos muitos pequenos restaurantes ou snack-bares, que proliferavam no nosso bairro. Nesse dia fomos precisamente ao que fica mais próximo da nossa casa, por sinal pertencente a um casal natural do concelho de Vagos. Almoçámos. O meu marido pagou e passado pouco tempo voltámos para casa. O Fernando precisou do seu bilhete de identidade, para copiar o seu número, a fim de preencher um impresso necessário, e ficou preocupadíssimo porque, ao deitar a mão ao bolso, não encontrou a carteira. A sua primeira reacção foi correr ao bar, ciente que a deixara ali, no balcão, após fazer o pagamento. Certamente os patrões, ou a empregada, a haviam recolhido e lha devolveriam, dado que eram pessoas honestas. Voltou triste e acabrunhado. Por ali ninguém vira, nem sinais, da sua carteira e afirmavam não lhes parecer fácil...
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Vivências e Testemunhos A asa da pulseira do meu relógio Decorria o ano de 1956. O meu Pai oferecera-me um relógio de pulso quando terminei, com muito boas notas, o segundo ano do liceu, equivalente ao sexto ano de hoje, uma prenda muito valiosa, útil e desejada, que pouca gente da minha idade possuía. Eu frequentava o internato de um colégio feminino de freiras, com muitas alunas e exibia cheia de orgulho a prenda do meu pai, por me ter portado bem. Escusado será dizer que nunca mais tirei do pulso o meu relógio novo, a não ser para tomar banho. Criança alegre e ladina, o recreio era passado no ginásio, se chovia, ou se estava bom tempo, fora, num dos dois pátios de terra batida e saibro, cheio de minúsculas pedrinhas, com uma área aproximada de uns oitocentos metros quadrados, estendendo-se ainda por um passeio, sombreado por uma latada, onde nós corríamos, saltávamos, dançávamos, pulávamos, soltas como cabritos no monte. Foi nessa vasta superfície que eu tive o azar de...