Tradição Familiar (continuação) Bebi de minha mãe a devoção e crença inabaláveis, que ela cultivava e acarinhava, e cedo comecei eu própria a rezar o responso a Santo António. Confesso que de início não fui bem sucedida: rezava tudo direitinho mas não acontecia nada. E eu lá ia pedir à minha mãe que rezasse por mim, para obter a graça. Talvez a minha fé não fosse ainda bem firme, e a minha confiança não fosse absoluta, mas eu não desanimei, fui tentando, cada vez mais convicta de que Santo António me iria ouvir. E quando consegui pedir com a firme certeza de que iria ser atendida, o milagre aconteceu. Desde aí nunca mais o meu protector deixou de me ouvir e atender às minhas humildes súplicas. Peço por mim, pelos meus amigos, pelos que estão perto, ou mesmo pelos que de longe me telefonam a pedir que rogue por eles; peço por pessoas que mal conheço e sei que se encontram em dificuldades, sempre com muita fé e devoção, com muita atenção e amor, e sempre sou atendida, seja em que ci...
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A mostrar mensagens de janeiro, 2013
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Devoção e Tradição Familiar (do livro Santo António a Freguesia e o Padroeiro) Na minha família a devoção a Santo António é tão antiga que se perde no tempo, desconhecendo-se onde começou. Talvez ainda em vida do Santo, meus ascendentes remotos o começassem a invocar, quando a fama, de que Frei António passou a gozar, se começou a propagar. Sei que um dos meus bisavôs maternos, Manuel Bártolo, herdou a devoção de sua mãe, e a manteve sempre acesa. Pai de cinco filhos, mandou-os a todos estudar, facto raro, mesmo nas cidades e muito mais nas aldeias, como aquela onde morava, tão simples que nem uma escola primária possuía. Manuel Bártolo teve a honra e a alegria de ver um dos seus filhos ordenado sacerdote. Para que ele pudesse rezar a sua primeira missa, na sua terra natal, junto dos seus familiares e amigos, meu bisavô mandou construir anexa à sua moradia, uma casa com dois pisos, enorme para a época, uma capela que dedicou a Nossa Senhora do Livramento, sendo esta Senhor...
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Um dos Santos Mais Populares do Mundo Havendo viajado muito, por todo o mundo, e sendo meu hábito visitar todas as igrejas católicas com que me deparo no percurso, há algo que, logo que entro, após um momento de recolhimento, procuro: a imagem de Santo António. É muito rara a igreja onde a imagem deste Santo não se encontre exposta ao culto dos fiéis. Costumo rezar junto dela e fotografá-la. Como tal poderia apresentar fotos tiradas nos lugares mais remotos. Lembrarei apenas alguns desses sítios tais como Uchuaia na Patagónia, a cidade mais a sul do planeta, pertencente à Argentina; a única igreja católica de Nova Delli na Índia que foi vandalizada poucos meses depois da minha visita; uma no território de Macau, quando este ainda pertencia a Portugal; outra em Quito, capital do Equador; no México, no Uruguai, nos Estados Unidos da América, no Canadá, em Toronto, na Turquia, na Grécia, em Israel, não esquecendo o Brasil, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, S. Tomé e Príncipe, Cabo Ver...
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PRENDAS DE NATAL Naquele ano a consoada era, como habitualmente, em casa da Avó Matilde e do Avô João, tinha porém uma particularidade, pois toda a família estava reunida: os seus quatro filhos, genros, noras e os seis netos. Era uma casa cheia. Quanta alegria! Quanta azáfama! A sala já quase não chegava para albergar a todos, mas, com jeito, lá se acomodaram à roda da grande mesa. Na cozinha o bacalhau fumegava, os fritos rescendiam a canela, um misto de aromas espalhava-se por toda a casa misturado com o chocalhar dos risos das crianças, os cantos natalícios e o piscar das luzinhas. Sobre o aparador, o presépio com apenas quatro figuras: o Anjo, S. José. Nª. Senhora e o Menino. Para os pastores e os reis magos não houve lugar, terão de es...