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A mostrar mensagens de 2022
  NATAL DE ONTEM E DE HOJE Noutros tempos, nas nossas aldeias, o Natal era uma festa que se restringia quase exclusivamente a práticas religiosas à volta da igreja; festa singela, mas talvez mais fiel ao seu verdadeiro significado que nos nossos dias. Começava-se a preparação do Natal com o início das novenas ao Menino Jesus em todos ou quase todos os lugares. Nos nove dias que antecediam a noite de vinte e quatro de Dezembro, homens, mulheres e crianças reuniam-se nas capelas ou igrejas para juntos rezar e cantar em louvor do Deus Menino, preparando-se assim para o seu nascimento. Era grande a devoção com que o povo acorria às novenas só ficando em casa os descrentes ou impossibilitados. Em algumas terras nunca esta prática foi posta de parte, noutras, caiu no esquecimento, mas dentre estas há algumas que estão a retomar a tradição. Deixamos aqui algumas quadras dos cânticos mais populares, entoados no decorrer das novenas do Menino, nas noites frias de Dezembro. Eram ca...

O DEPENAR DO FRANGO

  O DEPENAR DO FRANGO (do livro Histórias de Bolso das Gentes de Aveiro)               Na segunda metade da década de sessenta, vivendo Adelaide numa aldeia onde apenas existia a mercearia tradicional onde se vendiam apenas alguns artigos de primeira necessidade, alias nas cidades ainda mal tinham começado a abrir os mini mercados, só havendo mesmo em todo o país, a cadeia do Pão de Açúcar. Quando o talho na sede da freguesia apenas abria dois dias por semana e só vendia carne de vaca. O porco, as galinhas, os coelhos eram criados junto de casa e o carneiro apenas se comia em dias de festa.             Qualquer boa dona de casa deveria saber preparar as galinhas que quando compradas era vivas e prepará-las implicava matar, depenar, amanhar e cortar.             Adelaide tinha três filhas e procurou ensiná-...

Bodas de Diamante

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Bodas de Diamante  

A Mulher do Carapau

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  A Mulher do Carapau        Há uns anos atrás numa certa manhã de sábado, desloquei-me ao mercado de frescos Manuel Firmino, acompanhada de uma das minhas filhas e seu respectivo marido, o meu genro mais recente; haviam casado há pouco. No exterior do recinto do mercado, encontrámos, quando íamos a entrar, uma peixeira com uma carreta a vender carapau muito fresquinho. Ela não podia entrar no mercado porque ali não era permitido vender peixe. Nós apreçámos o peixe e ficámos com a ideia de comprar algum para o almoço, mas só à saída, pois não era muito prático andar a fazer as outras compras com o peixe na mão, além de que se poderia deteriorar com o calor. Comprámos tudo o que precisávamos o mais rápido possível, e quando saímos procurámos a peixeira. Não a encontrando no lugar onde a viramos antes, demos até uma volta ao mercado, não fosse a senhora ter mudado de sítio, mas dela nem rasto. Como era pouco provável, ela ter vendido todo o peixe que ...

Os Patos

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  Os Patos   No Verão de 2011 fui passar uns dias de férias a uma localidade onde o Algarve estrema com o Alentejo, na Costa Vicentina. Fazíamos praia naquele recanto maravilhoso que é a praia de Odeceixe. A terra onde estava a casinha acolhedora que alugámos é uma alva povoação atravessada por uma estrada com certo movimento que os naturais chamam de avenida. Esta Avenida tem, como aliás, todo o lugar, passeios empedrados, passadeiras para os peões devidamente assinaladas com vários semáforos em funcionamento, locais de estacionamento empedrados e devidamente delineados etc... A povoação tem vários cafés, uma pastelaria e padaria, um minimercado, um posto de abastecimento de combustíveis, uma miniagência de Turismo, aberta em 2012 e um minúsculo mercado municipal, além de outros sinais de modernidade como uma placa a indicar uma Casa de Campo e outra Hotel. Enfim é um lugar pacato airoso, como todos, os do sul do tejo, com as suas modestas casinhas sempre pintadinhas ...

As flores que encontrei no meu caminho

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                                                                           As flores que encontrei no meu caminho                                               As flores que encontrei no meu caminho                                                                                            ...

Em Fátima rezei por ti

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                         Nos dias 12 e 13 de Maio de 2022 estive aos          pés da virgem do Rosário em Fátima a pedir        saúde e paz para o mundo.

FESTA DE SANTO AMARO ROMARIA DE INVERNO

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FESTA DE SANTO AMARO ROMARIA DE INVERNO                                                              (Antes Pandemia)   Passado o Natal, bem no centro do Inverno, mais propriamente a quinze de Janeiro, festeja-se desde tempos imemoriais Santo Amaro de Malhapão. – “A Festa dos Figos, lhe chamam alguns”. É que em tempos idos, quando a mesa não era tão farta, os figos secos eram um manjar dos deuses e, não se comiam todos os dias. Aproveitavam os antigos para os comprar na festa de Santo Amaro em Malhapão onde os encontravam em abundância e de boa qualidade. Porém o que atraía e atrai tão grande número de peregrinos naquele dia à capela de Santo Amaro é sem dúvida a fama dos seus milagres e da ajuda que Ele dispensa a quem a Ele recorre com suas orações, pedindo-Lhe saúde principalmente saúde para suas pernas. Até se costuma dize...