Em Vagos calou-se um violino
              Assim rezava o Jornal da Bairrada, na semana a seguir ao dia 28 de Novembro de 1995, dia em que faleceu Manuel Mateus, exímio tocador de violino que integrou com muito entusiasmo, desde o início e até lhe faltarem as forças, o Grupo Folclórico de Santo António. O artigo era assinado por Basílio de Oliveira, de Vagos.
              Manuel Mateus tocava de ouvido, mas com muita arte e paixão. Consta que um dia estando em casa de um conterrâneo, cujo filho também tocava o mesmo instrumento, o dono da casa declarou que Manuel Mateus tocava muito bem porque o seu violino era de uma óptima marca, o que não sucedia com o seu filho, por este ter um instrumento de qualidade inferior.
              Manuel Mateus, com toda a sua simplicidade, para aferir a qualidade do violino do rapaz, prontamente pegou nele e começou a tocar. O dono da casa ficou mudo de espanto, ao ouvi-lo. A sua perícia e sensibilidade, eram tais, que o violino parecia chorar nas suas mãos.
                        Na verdade é como diz o povo: “para o bom trabalhador não há enxada má”.

(in Santo António a Freguesia e o Padroeiro)

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