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A mostrar mensagens de março, 2020
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          A Mulher do Carapau     Há uns anos atrás, numa certa manhã de sábado, desloquei-me ao mercado de frescos Manuel Firmino, acompanhada de uma das minhas filhas e seu respectivo marido, o meu genro mais recente; haviam casado há pouco. No exterior do recinto do mercado, encontrámos, quando íamos a entrar, uma peixeira com uma carreta a vender carapau muito fresquinho. Ela não podia entrar no mercado porque ali não era permitido vender peixe. Nós apreçámos o peixe e ficámos com a ideia de comprar algum para o almoço, mas só à saída, pois não era muito prático andar a fazer as outras compras com o peixe na mão, além de que se poderia deteriorar com o calor. Comprámos tudo o que precisávamos o mais rápido possível, e quando saímos procurámos a peixeira. Não a encontrando no lugar onde a viramos antes, demos até uma volta ao mercado, não fosse a senhora ter mudado de sítio, mas dela nem rasto. Como era pouco provável, ela ter vendi...

Coisas do irreal

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Coisas do irreal No ano de 1997 tive a sorte de poder acompanhar meu marido, com o grupo         coral a que pertencia, numa deslocação a Viena de Áustria, onde foi participar, no Festival Internacional de Coros de todos os continentes organizado em celebração do bicentenário do nascimento de Franz Schubert e no centenário da morte de Brahms. Para além de tudo de bom que pude desfrutar nessa estada, naquela bela cidade durante uma semana, aconteceu-me um facto no mínimo curioso e estranho. Eu que há muito conhecia as miosótis mas apenas de descrições livrescas e gostava muito delas, não só pela sua singeleza mas também pelo seu nome em inglês (forget me not – não te esqueças de mim), deparei-me com uma profusão dessas minúsculas florinhas nos jardins de Viena, o que muito me alegrou por ser a primeira vez que as via. Curioso é, passado sensivelmente um mês de ter regressado surgir uma enorme quantidade de várias plantinhas estranhas no meu j...

A primitiva capela de Santo António

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A primitiva capela de Santo António                       A capela mais antiga de que há memória, nestas terras, era uma pequena ermida dedicada a Santo António e situada no Corgo do Seixo de Baixo, onde hoje se ergue a igreja paroquial. Foi mandada construir nos princípios do século XIX, pela família Ribeiro, natural do Corgo Seixo de Cima, possuidora de muitos dos terrenos desta zona, para, nessa capelinha, poder rezar a sua primeira missa, Isac, seu filho, o qual não sabemos se chegou a ser ordenado sacerdote.              Os donos permitiam que o povo prestasse culto na capela que, embora sendo pequena, tinha um espaço estritamente reservado aos membros da família. Lembram-se algumas pessoas que era frequente, os garotos, com a irreverência própria da idade, invadirem algumas vezes, esse espaço, criando situações de constrangi...