Olá!
Estão todos aqui à minha espera não é? Tinha-vos
convidado. Desculpem pois a verdade é que andei nas nuvens pelo espaço além e
ainda me encontro um pouco tonta. Perdoem.
Eu explico melhor.
A Musa da Poesia e a Fada dos Sonhos juntas
surgiram-me do nada, mudaram as minhas roupas, puseram-me na mão esta mala
afirmando-me que já estava aviada, repleta de sonhos, tudo o que me fazia falta
e que encerrava uma surpresa, recomendando-me que só a deveria abrir num
daqueles momentos especiais, de magia, que eu já bem conhecia. E pegando-me
suave mas convictamente, uma em cada mão, subiram comigo, dizendo que iria para
um dos meus destinos preferidos, um lugar exótico, lá para as bandas da Índia,
Nepal, Botão.
É costume ponderar antes de tomar uma decisão mas
desta vez, foi tudo tão de repente que me deixei levar.
E já íamos longe quando comecei a ouvir uma música maviosa
cujo som se foi avolumando. Era uma daquelas músicas que a dada altura ouço,
sempre que me afasto da minha terra, o apelo ao regresso ao lar que, vos
garanto, me soa sempre como um hino celestial.
Se é forte a vontade de partir a qual me move a demandar
novos destinos, o chamamento do regresso ao aconchego dos meus e do meu ninho
depois de uma viagem, soa sempre aos meus ouvidos, como a apoteose no final de
um concerto e é irresistível.
E, cá estou.
Deixei musa, deixei fada, apenas trouxe a mala porque
tem a tal surpresa e está cheia de sonhos e os sonhos são tesouros, que quero
guardar e partilhar.
Desculpem o atraso.
Que feliz estou na vossa companhia. Obrigada por terem
vindo.
Vamos desfrutar do nosso encontro.
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