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Doutora Honoris Causa Certo dia estando Rosa nas urgências do hospital na prestação do seu serviço de voluntariado, apareceu, para ser atendida, uma senhora simples, dos arredores da cidade, que tinha sido mordida numa perna, por um cão. A senhora encontrava-se deitada numa maca no corredor das urgências, e Rosa como era seu costume, abeirou-se da doente e entabulou conversa com ela, de modo a prestar-lhe o auxílio de que necessitasse. A boa mulher foi-lhe contando o motivo porque viera ali parar, foi-lhe dizendo da sua preocupação em o dono do cão ser molestado, o que no seu entender não seria correcto visto ser ela a ter-se metido com o animal enquanto ele estava a comer, o que o ilibava da culpa da sua agressão. Enquanto falava, a paciente tratava a voluntária por senhora doutora, trato que Rosa rejeitou, dizendo à senhora que não era doutora e que portanto não a tratasse assim. Afastou-se da doente por momentos, indo atender outras pessoas, mas esta logo que pode chamou-a e continu...
A Mulher do Carapau Há uns anos atrás, numa certa manhã de sábado, desloquei-me ao mercado de frescos Manuel Firmino, acompanhada de uma das minhas filhas e seu respectivo marido, o meu genro mais recente; haviam casado há pouco. No exterior do recinto do mercado, encontrámos, quando íamos a entrar, uma peixeira com uma carreta a vender carapau muito fresquinho. Ela não podia entrar no mercado porque ali não era permitido vender peixe. Nós apreçámos o peixe e ficámos com a ideia de comprar algum para o almoço, mas só à saída, pois não era muito prático andar a fazer as outras compras com o peixe na mão, além de que se poderia deteriorar com o calor. Comprámos tudo o que precisávamos o mais rápido possível, e quando saímos procurámos a peixeira. Não a encontrando no lugar onde a viramos antes, demos até uma volta ao mercado, não fosse a senhora ter mudado de sítio, mas dela nem rasto. Como era pouco provável, ela ter vendido todo o peixe que tinha na carreta em tão curto espaço de t...
S. Francisco da Califórnia Uma bela manhã estando eu com meu marido de visita à cidade de S. Francisco, na Califórnia, hospedados num dos hotéis locais, descemos à sala de refeições a fim de tomar o pequeno-almoço. Prontamente um dos empregados de mesa se dirigiu a nós cumprimentando-nos e perguntando se pretendíamos café e leite visto que tudo o resto estava servido em bufet. Retribui os cumprimentos e no meu péssimo inglês pedi-lhe, que por favor, nos trouxesse café e leite, mas quente. (Era costume servirem sempre o leite frio.) O rapaz cortesmente anuiu com a cabeça, e afastou-se com um sorriso. Passados poucos instantes regressou com um café cheiroso e um pequeno bule de leite, mas gelado. Apalpei o bule e verificando que não estava como era meu desejo, tentei através de gestos explicar-lhe o que pretendia, pois, estava claro, que mais uma vez o meu inglês não funcionara. O empregado que por sinal tinha ares de mexicano, percebeu e trouxe-nos o leite quent...
A caminho de S. Franciso
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A Gaveta dos Ratos Meus filhos haviam nascido numa grande cidade, fora de Portugal, onde passaram os primeiros anos da sua meninice. As crianças; três meninas e um rapaz, ao chegarem à aldeia, tudo para elas era novidade, e aventura. Ali ficava a casa dos avós, onde viemos morar. Adoravam brincar no quintal da casa, subir às árvores colhendo e comendo frutos, encontrar ninhos por entre a folhagem, correr com o Fidalgo, cão miúdo e rafeiro, enfim, fazer mil e uma ciosas, que na cidade não lhes era permitido. Nessa casa, já muito antiga, existia uma velha mercearia, com uma taberna anexa, que há vários anos fechara as portas ao público, onde se acumulavam trastes à mistura com toda a sorte de artigos, que lá ficaram após o fecho. Este era o reino onde as crianças faziam descobertas, imaginavam histórias, se encantavam com toda a sorte de achados; um mundo de faz de conta, onde elas recriavam cenas e inventavam histórias, dando largas à sua fantasia. Deliciavam-se a fazer...
Fidelidade (conto do livro "Histórias de Bolso das Gentes de Aveiro") Manuel Ramalho vivia acabrunhado já que o rendimento do seu trabalho na agricultura, que levava a cabo de sol a sol, nunca lhe chegava para pagar os gastos. Desesperado resolveu emigrar. No Canadá, conseguiu ao fim de seis anos amealhar um pequeno pecúlio que lhe pareceu bastante para poder regressar a Portugal e levar uma vida pacata na sua aldeia. Os filhos entretanto ficaram por lá. Ele e a mulher, Deolinda, regressaram e recomeçaram a cuidar das leiras, agora já não com a finalidade do sustento, mas sim como complemento da reforma e ocupação do tempo. Além disso, Ramalho intervalava o trabalho no campo, com uns biscatos de canalizador e pedreiro, artes que tinha aprendido no estrangeiro, e agora lhe rendiam algum dinheiro. Entretanto podia dar-se ao luxo de ter algumas horas de lazer, tempo que ocupava caçando, actividade que sempre o atraíra, e à qual se podia agora dedicar, após comprar uma ar...
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Transcrição do Jornal da Bairrada de 2 / Junho / 2010 “Histórias de Bolso das Gentes de Aveiro” Foi apresentado, na última sexta-feira, no salão da Assembleia Municipal de Aveiro, com casa cheia, o livro da escritora bairradina, Aida Viegas, cujas histórias, na sua opinião, não são mais do que “momentos fotografados pela lente da emoção e guardados no álbum das recordações…essências de sentimentos, sensações, estados de alma”. Este livro é o resultado da audição de dezenas de pessoas, que queriam contar um pedaço da sua vida, o que aconteceu durante duas feiras do livro consecutivas (2006 e 2007). A ouvidora seleccionou setenta e oito que se espraiam, entrelaçadas com a voz da autora e alguma ficção, ao longo de 185 páginas. Apresentou a autora a vereadora da cultura da Câmara de Aveiro, Maria da Luz Nolasco, que considerou o livro “um trabalho muito interessante”, que envolve “histórias e vivências das gentes de Aveiro”, mas não só, dizemos nós, o que a obrigou a uma grande paciência....
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APRESENTAÇÃO de HISTÓRIAS DE BOLSO DAS GENTES DE AVEIRO (Prarquem não pode estar presente) Escrever é um vício benéfico no qual se mergulha e de onde dificilmente se emerge. O escritor pode criar heróis, vítimas e carrascos, polícias e malfeitores, fadas e bruxas, tornar realidade, factos inimagináveis, viajar pelos lugares mais insólitos levando consigo os leitores, desde que estes consintam em deixar-se transportar no sonho e na quimera, através da verosimilhança. Além do mais, o escritor dispõe de poções mágicas às quais pode deitar mão sempre que lhe aprouver e com elas decidir os destinos das suas personagens. Foi com estes poderes que me foram conferidos pelos meus colaboradores, que em algumas circunstâncias, os virei de cabeça para baixo, vesti a roupa do avesso, mudei o nome, deles pus e dispus a meu belo prazer. Pese embora toda esta alquimia, espero que todos acabem por se encontrar, no meio da amálgama onde os mergulhei, amassei e moldei de novo. E perdoai se não vos trate...
A apresentação do livro "Histórias de Bolso das Gentes de Aveiro" estará a cargo da Profª Drª Cacilda Marado, licenciada em História na Universidade do Porto, com mestrado em Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa e doutoramento em Ciências da Educação na Universidade de Aveiro.
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HISTÓRIAS DE BOLSO DAS GENTES DE AVEIRO dia 28 de Maio pelas 18horas no antigo edifício da Capitania
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Histórias de Bolso das Gentes de Aveiro Títulos de algumas das histórias que poderá encontrar nesta obra S. Francico da Califórnia Primeira Visita a Paris Guiné Mafatá Guarde a tarde do dia 28 de Maio e venha até Aveiro assistir ao lançamento do novo Livro de Aida Viegas Pelas 18horas na sede da Assembleia Municipal - edifício da antiga Capitania.
HISTÓRIAS DE BOLSO DAS GENTES DE AVEIRO O novo livro de Aida Viegas será apresentado na sede da Assembleia Municipal - Edifício da Antiga Capitania no dia 28 de Maio, pelas 18 horas.
As Histórias de Bolso das Gentes de Aveiro Foram escritas com a colaboração de muitos Aveirenses. São momentos fotografados pela lente da emoção Guardados agora no álbum das recordações Pela Ouvidora de Histórias.
OUVIDORA DE HISTÓRIAS - AIDA VIEGAS - UMA NOVA FIGURA Assim me apresentava na Feira do Livro em Aveiro, nos anos de 2006/2007 Se tem uma história para contar: curiosa, incrível, medonha, simples ou de qualquer outro tipo mas, interessante Histórias da vida real Do imaginário, do além… Acontecimentos sociais Lendas e tradições antigas Sonhos Etc… Etc… Se costuma contá-la entre amigos Se a contou apenas uma vez e quer repeti-la Se gostaria muito de a contar e nunca teve quem o escutasse Se a guardou em segredo, mas acha que chegou a altura de a contar Se é muito antiga e já se vai esquecendo dela Se lhe parece que outros irão gostar de a ouvir Se gostaria que ficasse registada para que não fosse esquecida Se… Se… Se… Tem agora a oportunidade de ter alguém para o ouvir com toda a atenção Fazer o registo da sua história Quem sabe se até publicá-la para que muitos outros a possam ler ou ouvir, por muito e muito tempo? Entre e fale, conte ao seu jeito, bem ao seu jei...

INFORMAÇÃO

Será já em Maio e terá lugar em Aveiro a apresentação do novo livro de Aida Viegas HISTÓRIAS DE BOLSO DAS GENTES DE AVEIRO