Morrer de pé É de pé que as árvores morrem Nós sem elas mal vivemos Mais dura mais lentamente, Sem ar puro, fenecemos. Morrem pelo fogo devoradas. Mortas, inda de pé permanecem. Negros padrões, ali, carbonizadas Lembram como os fogos acontecem. Gritam silêncios por vales e montanhas Protestam caladas, ante toda a gente, Ante a Humanidade serena e indiferente À mata destruída, a desgraças tamanhas. Pouco é o que escapa ao fogo devastador. A morte é espalhada tão levianamente! Morrem plantas, animais, semente Só fica a terra contorcida em dor. Ao ser o nosso equilíbrio destruído Por ganância, incúria ou por vingança Todo o incendiário deveria ser punido E terminar seus dias sem parança. Aida Viegas Cantanhede, 28 de Agosto de 1995. (Época de muitos fogos. Vê-de O tempo que já passou)
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